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Câncer de laringe: O que aumenta o risco?

27 DE NOVEMBRO DE 2024
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O câncer de laringe acomete principalmente homens, na sétima década de vida, e é o terceiro tumor mais prevalente na região da cabeça e pescoço, excluindo os tumores de pele não melanoma. Seus principais fatores etiológicos são o tabagismo e o etilismo. Em termos de mortalidade, ocupa a 9º lugar nos homens e o 20º lugar nas mulheres.

Ele pode se iniciar em um dos três subsítios da laringe, supraglote, glote e subglote. Aproximadamente 2/3 dos tumores surgem na corda vocal verdadeira, localizada na glote, e 1/3 acomete a laringe supraglótica (acima das cordas vocais). O principal tipo histológico é o carcinoma de células escamosas.

  • O fumo e o álcool são os principais fatores de risco, sendo que o fumo aumenta em 10 vezes a chance de desenvolver o câncer de laringe.
  • Estresse e mau uso da voz também são prejudiciais.
  • Excesso de gordura corporal (sobrepeso e obesidade) aumenta o risco de câncer de laringe.
  • Exposição a óleo de corte, amianto, poeira de madeira, de couro, de cimento, de cereais, têxtil, formaldeído, sílica, fuligem de carvão, solventes orgânicos e agrotóxicos está associada ao desenvolvimento de câncer de laringe. Os trabalhadores da agricultura e criação de animais,  indústria têxtil, de couro, metalúrgica, borracha, construção civil, oficina mecânica, fundição, mineração de carvão, assim como cabeleireiros, carpinteiros, encanadores, instaladores de carpete, moldadores e modeladores de vidro, oleiros, açougueiros, barbeiros, mineiros, pintores e mecânicos de automóveis podem apresentar risco aumentado de desenvolvimento da doença

Como previnir? 

  • Evitar o consumo de bebidas alcóolicas;
  • Manter o peso corporal adequado;
  • Evitar falar muito alto e sem pausas pois isso causa os chamados calos vocais;
  • Não fumar e evitar o tabagismo passivo. Parar de fumar sempre traz benefícios à saúde;
  • Pacientes com câncer de laringe que continuam a fumar e a beber têm probabilidade de cura reduzida e aumento do risco de aparecimento de um segundo tumor na área de cabeça e pescoço;

O diagnóstico do câncer da laringe se dá por meio da laringoscopia, exame que pode ser feito no consultório. Durante sua realização, é possível a coleta de fragmentos do tumor para exame histopatológico (do tecido). A biópsia é obrigatória antes de qualquer planejamento terapêutico, pois a laringe pode abrigar tipos diversos de lesões benignas que aparentam malignidade. A biópsia pode ser feita sob anestesia local, com uso de endoscópios (tubos com câmeras em uma das extremidades) flexíveis  ou rígidos, ou sob anestesia geral pela laringoscopia direta, caso não seja indicado o procedimento sob anestesia local. Incluem-se nesses casos pacientes com lesões mais complexas e que tenham outras condições clínicas que dificultem o procedimento. O estadiamento (evolução) em que se encontra o tumor e suas características determinam a escolha do melhor tratamento do ponto de vista oncológico e funcional.

Fonte: INCA